domingo, 2 de agosto de 2009

Memória do Futebol Baiano – Colo Colo



História

O Colo Colo foi fundado em 3 de abril de 1948, por um grupo de desportistas liderado por Airton Adami para disputar a semana inglesa, competição que, aos sábados lotava o Estádio Mário Pessoa, então um dos maiores do País. A semana inglesa era um torneio promovido pelo sindicato dos comerciantes e que se realizava somente nas tardes de sábados com os portões do estádio abertos.
O nome do Colo Colo veio de um clube chileno de mesmo nome, e que na década de 50 fazia da sua intimidade com a bola um espetáculo de futebol e por isso inspirou o time de Ilhéus. O seu mascote é o tigre; já a cor do uniforme, azul e amarela, veio de um outro grande time, o Boca Juniors da Argentina.


Time do Colo-Colo, 1950

O primeiro uniforme usado pelo clube foi comprado em Buenos Aires, por José Haroldo de Castro Vieira. A primeira diretoria foi composta por: Airton Adami, Silvio Silva, Ivan Lelis da Mata, José Alves Barreto, Cláudio Silveira e Júlio Rodolfo Vieira. Ao longo da sua história, o Colo Colo já teve oportunidades de disputar partidas com grandes nomes do futebol nacional, a exemplo do Flamengo.
O primeiro título veio em 1953 como campeão ilheense. De 1958 a 1961 o Tigre conquistou o tetracampeonato amador ilheense. Em 1967 o Colo Colo participou pela primeira vez do campeonato baiano de futebol profissional, armando um de seus melhores times, com destaque para o jogador Miltinho Simões, que chegou a marcar 5 gols em um só jogo, porém em 1969 voltou à categoria de amador. Em 1997 foi campeão municipal e em 1998 disputou a copa da Bahia. Em 1999 o tigre sagrou-se campeão da segunda divisão, voltando à elite do futebol baiano. Mas, foi em 2006 que conseguiu seu grande trunfo sendo Campeão Baiano de futebol profissional.
Na Copa do Brasil de 2007, o Tigre defrontou-se com o Atlético Mineiro, em 14 de fevereiro de 2007, no Estádio Mário Pessoa, perdendo por 3x1, logo eliminado, em jogo com forte chuva e campo em estados precários para a realização do jogo.

Ídolos e títulos

O time de Ilhéus, por ter pouca notoriedade e não ter quase visibilidade, a não ser na Bahia, tem raros casos de atletas com destaques em sua história.
O maior ídolo do time litorâneo é o atacante Miltinho Simões. O jogador defendeu a equipe durante as primeiras participações no Campeonato Baiano e fez parte de um dos melhores elencos já montados pela diretoria do Tigre, em 1968.
Neste ano, o centroavante entrou para a história da agremiação após marcar cincos gols em uma mesma partida. Com o declínio do time, no entanto, o goleador também sucumbiu e desapareceu pelos campeonatos do país. Hoje, Miltinho, artilheiro da equipe no estadual de 1968, é treinador na Bahia.
Com o ostracismo do Tigrão durante as décadas de 70, 80 e início dos anos 90, poucos jogadores de destacaram, sendo os com algum potencial logo negociados para gerar fundos ao time e, assim, pagar despesas.
Outros jogadores sempre lembrados pela torcida baiana são o zagueiro Nildon Birro Doido, o meia Armandinho e o atacante Gil.
O título do Campeonato Baiano conquistado pela equipe em 2006 ficou mais marcado pela força do conjunto do que por algum talento individual, mas mesmo assim grande parte do elenco se transferiu para as duas maiores equipes do Estado, Bahia e Vitória.

Mascote


A mascote do Colo Colo baiano é um Tigre. O animal foi escolhido por ser símbolo de força, raça e persistência, características necessárias para vencer e superar obstáculos. O símbolo está presente também no escudo do clube e a agremiação é carinhosamente chamada por sua torcida de Tigrão.

Títulos.

Estaduais

Campeonato Baiano: 2006.
Campeonato Baiano - 2ª Divisão: 1999.


Time campeão em 2006 Em pé - esquerda pra direita: Sandro, Wescley, João Paulo, Rodrigo, Lima e Marcelo. Frente - esquerda pra direita: Juninho, Ednei, Mário Lacraia, Gil e Alex Santos.

Campeonato Baiano 2006 – Final

VITÓRIA 2 x 4 COLO-COLO

Local: Barradão - Salvador

Árbitro: Rosalvo da Silva Mota

Auxiliares: Alessandro Alvaro da Rocha Matos e Belmiro da Silva

Vitória: Émerson, Apodi, Jean, David Luiz e Alysson; Garrinchinha, Advaldo, Alessandro Azevedo

e Índio, Mendes e Marcelo Moreno.

Treinador: Arturzinho.

Colo-Colo: Marcelo, Lima, João Paulo, Tiago e Wescley; Sandro, Alex Santos, Juninho e Gil;

Jânio e Ednei.

Treinador: Ferreira.

Gols: Índio 1-0 aos 7min (pênalti) e 2-0 aos 11min, Ednei 2-1 aos 11min e Gil 2-2 aos 19min do primeiro

tempo. Gil 2-3 aos 9min e Ednei 2-4 aos 26min do segundo tempo.

Cartões amarelos: David Luiz, Rodrigo, Marcelo Moreno, Advaldo e Marcelo Augusto



Fonte: Wikipedia e Howstuffworks.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Memória do Futebol Baiano: Botafogo


O Botafogo Sport Club é um clube brasileiro de futebol, com sede na cidade de Salvador, capital do estado da Bahia. Suas cores são o vermelho e o branco.
O Botafogo disputou seu primeiro campeonato em 1916.
No ano de 1919, após a realização de todos os jogos do campeonato, verificou-se no final um empate entre os clubes Fluminense e Botafogo, ambos com 17 pontos. No dia 24 de fevereiro de 1920 foi realizado o desempate, com assistência recorde e sob a arbitragem de Solly, goleiro da Associação. O jogo terminou empatado em 1 x 1. O desenrolar desse encontro foi cheio de irregularidades e violências, sendo suspenso várias vezes, precisando a intervenção de Arthur Moraes e outros.
Por causa desse encontro arrebentou na Liga uma crise que abalou o mundo esportivo e por isso, só quando a paz foi feita, já em maio, foi realizado o segundo encontro de desempate.
A 23 de maio realizou-se o jogo de desempate, sob a direção de João Nova, do Ypiranga. Durante a madrugada caiu sobre a cidade forte temporal, ficando interrompido o tráfego. O Fluminense, como que adivinhando, levou na véspera o seu time para o Rio Vermelho, onde pernoitou na residência do seu sócio o jogador Astério Sobrinho.
Às 8 horas lá estavam os craques de Anísio Silva em campo a espera do seu adversário. Sem transporte, o Botafogo só chegou ao gramado às 10 horas, quando o tráfego foi restabelecido. Pela lei, o Fluminense já era campeão, por WO. Mas Anísio, com mais um dos seus gestos nobres, não aceita os pontos e concorda em jogar. O jogo foi realizado e Antoninho F. Dias, numa escapada, faz um gol, caindo depois seu time na defesa. Era o primeiro título do Botafogo. O Fluminense dominou mas nada conseguiu e assim, depois de estar com o título de campeão nas mãos, deixou-o fugir. Coisas do futebol.

Rivalidade com o Ypiranga.

O Botafogo rivalizou è época com o Ypiranga, pois ambos dominaram o cenário futebolístico da boa-terra até 1930.
O alvirrubro foi responsável pela interrupção da série de títulos do Ypiranga em 1919. Depois, foi bicampeão em 1922 e 23 e campeão em 1926, 30, 35 e 38. As conquistas fizeram do Botafogo o segundo clube mais popular da cidade, já que o Bahia ainda começava a acumular simpatizantes.
Enganam-se muitos que pensam que o tradicional clássico BA-VI é o mais antigo do futebol da Bahia, afinal é um dos maiores do nosso futebol onde sempre temos casa cheia, jogos terminados em confusões, brigas entre jogadores e dirigentes onde até mesmo um desses jogos foi terminar numa delegacia de policia. Pois bem o BA-VI só passou a ter a rivalidade levada aos extremos no inicio dos anos 50 quando o Vitória voltou a se dedicar mais ao futebol e a ganhar títulos e a ser um ferrenho adversário do Bahia, clube fundado em 1931 e que passou a dominar o futebol baiano daí por diante, antes mesmo do Bahia ter o Vitória como maior rival o mesmo teve no Botafogo de Salvador e no Ypiranga seus maiores rivais até 1937 quando surge o Galicia passando a dividir com o tricolor a pose do nosso futebol, durante o final da década de 30 e inicio da de 40 o jogo entre Bahia e Galicia era comparado ao Fla-Flu no Rio de Janeiro. Porém no inicio do nosso futebol aqui trazido por Zuza Ferreira até meados de década de 10 não tínhamos lá grandes rivalidades esta se passou a se acirrar a partir do ano de 1917 quando Ypiranga o auri-negro o mais querido e o Botafogo o alvirrubro o glorioso, passaram a dominar o futebol em nosso estado com suas conquistas alternadas de 1917 a 1930 apenas duas agremiações fora Botafogo e Ypiranga venceram o campeonato baiano a Associação Atlética da Bahia e o Clube Bahiano de Tênis os outros títulos ou eram do Botafogo ou do Ypiranga.

No inicio dos anos 20 a rivalidade tomava conta da cidade de Salvador quando se antecedia a partida entre os clubes mais populares o Ypiranga tinha em seu quadro o maior jogador da Bahia: Apolinário Santana o (Popó) ídolo no estado tinha até uma musica “Popó chuta chuta, chuta por favor, mela, mela, mela e lá vai é gol” (melar na época era driblar o adversário), com uma linha média formada por Mica, Nebulosa e Hercílio e uma linha de ataque formada por Lago, Popó, Dois Lados, Matices e Cabloco o Ypiranga assombrava com goleadas de quatro, cinco, seis e até mesmo de dez gols, em 1923 no dia 15 de abril em uma tarde de gala Popó marca os cinco gols do Ypiranga sobre o Fluminense/RJ no Campo da Graça em jogo vencido pelo auri-negro por 5 a 4.
Já no Botafogo que também tinha uma linha media espetacular como assim me contava Chico Bezerra, a quem eu tive o prazer de conhecer em 1987 quando trabalhava em um escritório de advocacia, ele que fora jogador do Vitória e depois do Botafogo, a linha formada por Serafim, Tenente e Chico Bezerra, tinha no ataque um arsenal vigoroso formado por Tatuí, Macedo, Manteiga, Seixas e Pelego, sendo Manteiga o seu astro principal ele também foi o grande nome na vitória sobre o Fluminense/RJ no dia 12 de abril de 1923 marcando os dois gols do alvi-rubro.
Com estes grandes quadros compostos de bons jogadores se tem a idéia do que era este jogo, campeão em 1917/1918, viu o sonho do tri se acabar em duas derrotas por 1 a 0 e 2 a 1 para o rival e nem chegar a final e ver o Botafogo levantar a taça, em 1920 volta a erguer a taça numa final memorável contra a Associação Atlética por 1 a 0 com um gol de Dois Lados, que após o jogo teve o pé que marcou o gol banhado por champagne, e com uma goleada de 4 a 1 sobre o rival. Em 1921 um Ypiranga arrasador vence facilmente o campeonato com onze vitórias nos onze jogos e claro bate o rival por 2 a 1 no dia 08/05/1921.
Na temporada seguinte o glorioso reacende a rivalidade ao impedir um novo tri do Ypiranga e vencer as duas partidas entre eles uma por 2 a 0 em 14/07/22 e uma goleada pra fechar com chave de ouro a campanha por 7 a 0 no dia da padroeira de Salvador Nsª Srª da Conceição dia 08/12/22 com esta goleada o auri-negro ficou apenas na quarta colocação, Manteiga e Seixas brindaram o torcedor e em especial Pedro Capenga que comandava a animação no lado da torcida alvirrubra. No ano seguinte mais alegrias para os botafoguenses com a conquista de um inédito bicampeonato em uma final extra contra a Associação Atlética da Bahia por 1 a 0 gol de Pelego nos confrontos houve uma vitória para cada Ypiranga 2 a 0 e uma do Botafogo 3 a 1.
Em 1924 a Associação Atlética da Bahia vence o campeonato, nos jogos entre os rivais mais uma vez uma vitória para cada Botafogo 2 a 0 e Ypiranga 3 a 0, porém neste ano houve um quadrangular final e ambos foram eliminados nas semifinais, já em 1925 tivemos a retomada da hegemonia da dupla com o Ypiranga campeão neste ano e duas vitórias esmagadoras por 3 a 0 e 5 a 1, no ano seguinte o Botafogo leva a melhor nos turnos uma vitória para cada 4 a 2 para o Botafogo e 1 a 0 Ypiranga que tirou o título neste jogo e levando a decisão para uma extra já em 1927 no dia 09 de janeiro festa alvirrubra com uma acachapante vitória por 7 a 2 neste jogo um jovem Rubinho comandou a goleada marcando três gols, mais tarde jogou também no Bahia. Em 1927 o campeão é o Clube Bahiano de Tênis mais nos clássicos só deu Ypiranga que venceu por 3 a 2 e 4 a 1.
Em 1928 e 1929 o Ypiranga vem com a corda toda pra ter posse da hegemonia da terra e com uma novidade na linha de frente Pelágio um atacante rápido, habilidoso que passou a ser o terror das defesas adversárias, no dia 19/08/28 um jogão com um empate em 5 a 5 segundo Chico Bezerra neste jogo ele se contundiu após um choque com Delano do Ypiranga e nunca mais voltou a jogar, no segundo turno o Ypiranga venceu por 7 a 4 e venceu o campeonato com outra goleada diante o Bahiano de Tênis por 7 a 3 neste ano o auri-negro marcou 47 gols e 10 jogos media fabulosa de 4,7 gols por jogo. No ano de 1929 os dois travaram uma disputa bem acirrada até a rodada final, no turno a Ypiranga venceu por 2 a 0 com gols de Pelágio, no segundo houve um empate em 4 a 4 o time canário somente se sagrou campeão por ter a Associação Atlética da Bahia segurado um empate contra o Botafogo em 4 a 4 na ultima rodada e deu ao Ypiranga mais um bicampeonato, fato que levou um diretor do mais querido a se dirigir para a Associação Atlética à noite e pagar uma rodada de gasosa de limão aos atletas a agremiação como agradecimento ao título Brás Moscoso que era famoso por ter dado a chance de muita gente começar no futebol no amadorismo, pois os atletas às vezes se atrasavam para o jogo por irem de bonde ou a pé e ele pegava jovens na arquibanca ou geral e botava o cara pra jogar mesmo fato feito com Rubinho, Gegê, Nelson e Serra.
No ano de 1930 o Botafogo mais uma vez estragou a tentativa de um tricampeonato do Ypiranga que apesar do ataque arrasador com 44 gols em 8 jogos não foram o suficiente para levar o time à conquista, nos jogos entre eles Botafogo 3 a 1 no turno e Ypiranga 3 a 0 no returno, neste ano o Ypiranga aplicou uma sonora goleada diante o Democrata FC por 16 a 0 com Pelágio marcando 6 vezes e Popó 4 vezes.

Rivalidade com o Bahia

Os clássicos entre Bahia e Botafogo eram bastante folclóricos. Desde que surgiu, em 1931, o tricolor não perdia para o alvirrubro. Revoltado, um torcedor botafoguense prometeu levar um pote ao estádio sempre que os dois times se enfrentassem e, quando seu time acabasse com a série positiva do rival, ele quebraria o objeto. Como o Botafogo permanecia sem vencer, o jogo ficou conhecido como “clássico do pote”. Apenas em 1938 – ano do último título do clube – o torcedor alvirrubro pôde comemorar, após uma vitória por 3 x 1. Os cacos foram guardados pelos torcedores botafoguenses como amuleto para as partidas contra o Bahia.
O clube está desativado desde 1989, mas continua pagando sua licença de funcionamento. Chegou a disputar o Campeonato Baiano Juvenil em 2001, mas sem sucesso. Atualmente, a equipe profissional está licenciada do Campeonato Baiano de Futebol, participando apenas das divisões inferiores do futebol baiano.


Time do Botafogo em 1952. Em pé: Alberto. Nazario. Bartolomeu. Flávio. Tatuí e Julio.Agachados: Dedeu. Iedo. Zague. Roliço e Lamarone.

Títulos
Estaduais
Campeonato Baiano: 7 vezes (1919, 1922, 1923, 1926, 1930, 1935 e 1938[1]).
Vice-Campeonato Baiano: 1918, 1929, 1932, 1943, 1954, 1965 e 1977.
Vice-Campeonato Baiano da Segunda Divisão: 1984.
Torneio Início: 6 vezes (1924, 1925, 1940, 1948, 1952 e 1963).

Curiosidades

Inauguração da Fonte nova

Em 28 de janeiro de 1951, era inaugurado o templo do futebol baiano: o Estádio da Bahia, rebatizado como Otávio Mangabeira e conhecido como Fonte Nova. Botafogo 1x1 Guarany foi o placar inaugural, com Nélson, do alvirrubro, tendo a honra de marcar o primeiro gol.

MICA, O CRAQUE DO FUTEBOL
Primeiro baiano a jogar na seleção nacional

Alfredo Pereira de Mello, o célebre Mica, nasceu em Salvador, em 15 de outubro de 1904. Foi nadador, remador, maratonista e futebolista. No futebol destacou-se no Yankee, o time verde, preto e branco do Rio Vermelho, campeão do Torneio Início do Campeonato Baiano de 1921.
Transferindo-se para o Botafogo, sagrou-se bicampeão baiano, ajudando o “glorioso auri-rubro” a conquistar dois títulos de Campeão do Centenário. O primeiro aludia à Independência do Brasil (1822) e o segundo à Independência da Bahia (1823).
Orgulho do futebol da Bahia, por ser o primeiro jogador de um clube baiano (Botafogo) chamado para a seleção nacional principal, a convocação de Mica acabou se convertendo num tabu que ultrapassou meio século.
O recorde de Mica perdurou por 65 anos, sendo quebrado, coincidentemente, no dia do seu falecimento, 10 de março de 1989, aos 84 anos. Os autores da façanha foram Charles e Zé Carlos, ambos baianos e pertencentes ao E.C. Bahia. O palco foi a cidade de Fortaleza, onde o Brasil goleou o Peru por 4 a 1, com dois gols do centroavante Charles, que se constituiu no melhor jogador em campo.

Fonte: Wikipedia, Sítio da Academia dos Imortais do Rio Vermelho, Blog Balipodo e Sítio Museu do Futebol.